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Maureen Miranda faz sua primeira exposição solo em SP

A artista plástica, atriz e diretora Maureen Miranda, de 34 anos, inaugura nesta quinta-feira (18) sua primeira exposição solo em São Paulo. Além de desenhar, Maureen também já participou de minisséries televisivas, como ‘Som e Fúria’, e dirigiu peças de teatro. Natural de Curitiba, agora a moça expõe suas “rainhas” na capital paulista na exposição intitulada ‘Queen of Myself’ [que segue até dia 29 no Tu mercado de arte e moda].
No total, a artista realizou 42 desenhos especialmente para o evento. A temática das obras é o universo feminino e as técnicas utilizadas – como bico de pena, canetinha, aquarela e também algumas colagens com renda – ajudam a dar um tom suave à exposição.

Maureen revelou ao RedeTVi que sua inspiração vem do cotidiano, “das coisas que vejo na rua, dos sentimentos e também de acordo com o que eu estou vivendo.” A música também tem um influência forte para ela: “Às vezes coloco uma música e a inspiração vem da própria música.”

Atriz há 11 anos, ela se profissionalizou como artista há 5, mas ela conta que desenha desde criança. “A inspiração vem de casa, minha mãe também é artista plástica e meu pai pinta e mexe com sucata, na escola eu já fazia quadros!”

Maureen diz que só agora teve dinheiro para montar uma exposição solo em São Paulo: “É importante expor em São Paulo, porque é onde as coisas acontecem, é onde as coisas são vistas pelas pessoas que se preocupam com isso, é o polo de arte. Quero mostrar minha cara como artista plástica em São Paulo.”

Além de seus trabalhos autorais, a desenhista também desenvolve trabalhos sob encomenda para revistas e obras publicitárias. Mas com essa exposição espera que o público se emocione: “Meus desenhos são muito oníricos, melancólicos, espero que seja uma exposição emocionante.”

Matéria escrita e publicada dia 18 no Portal da RedeTV.

Artista francesa questiona relação do homem com o tempo

A artista francesa Nathalie Decoster, com uma exposição individual em cartaz no MuBE, busca com suas obras – repletas de homens pernudos – fazer seus espectadores refletirem sobre sua relação com o tempo e o espaço em que vivem.

A artista conversou com o RedeTVi, em um passeio pela exposição, e explicou que as fíguras antropomórficas que cria (pequenos homens com longas pernas) são um reflexo do próprio ser humano. “Meu trabalho fala do homem que está muito fechado, duro. Os homens dentro da roda representam o tempo de vida da pessoa, enquanto ela anda por aí”, explica, em referência ao símbolo de seu trabalho (foto).

Nathalie conta que, apesar de preferir o círculo, também usa outras formas geométricas, ainda que com a mesma função. “A estrutura quadrada, por exemplo, é uma proteção: ela mostra que o homem é frágil. A vida tem momentos difíceis. A vida é frágil e cada um está só: a proteção é utópica.”

Ao explicar o funcionamento de sua obra ‘A Árvore’, que retrata pequenos homens pendurados em uma grande, porém fina árvore de metal, ela explica que, como na natureza, o trabalho é frágil e se move com o vento. “É uma parte do meu trabalho em que eu faço uma comparação entre a vida da natureza e a vida do homem. Os homens da obra são como folhas  que se movem com o vento e vão deixando suas marcas por onde passam”, diz, ao mesmo tempo, complementa, a obra busca conscientizar para a importância de respeitar a vida dos dois lados.

Em sua maior parte, as obras de Nathalie, que se explica em um português espanholado e misturado com palavras francesas, querem que o espectador pare e reflita sobre a maneira como encara o mundo em que vive. “Falo de coisas que o homem realizou, mas também da emoção, das pessoas que são importantes nas nossas vidas. Esse homem [pernudo] anda por aí para entregar essa mensagem ao público.”

Serviço:
Onde:
Museu Brasileiro da Escultura (MuBE). Av. Europa, 218 – São Paulo-SP
Quando: a mostra interna acaba neste final de semana. As obras expostas na parte externa ficam até 09 de janeiro de 2011
Quanto: grátis

Texto escrito e publicado hoje no Portal da RedeTV.

Exposição ‘Resiliência: Antenas’

A exposição ‘Resiliência: Antenas’, da artista plástica Cristina Schleder, questiona a relação homem-natureza e incentiva a preservação ambiental por meio de colagens. Cristina cria fíguras de árvores coloridas com diferentes tipos de papel e, exposto em São Paulo, tal trabalho busca despertar o olhar para o ambiente cinza que cerca o espectador, destacando a importância da preservação ambiental.

“Artista plástica desde sempre”, como se define, Cristina conta que seu trabalho é baseado no que ela pensa sobre a natureza. “Eu só pinto o que a natureza me inspira. Nunca pintei uma casinha, um barquinho ou algo que o homem tenha feito. Acho que é uma conexão de alma entre a natureza e eu”, revela, afirmando que uma obra de arte reflete a alma de seu criador.

Esta exposição apresenta 19 trabalhos com colagens. A técnica, segundo Cristina, surgiu em sua vida de repende, “e eu estou na colagem há 10 anos. É um momento, uma forma de expressão que continua me dando satisfação.” A artista, que mantem uma coleção de revistas em sua casa, seleciona os papeis que utilizará de acordo com a cor que deseja trabalhar, ficando sempre atenta aos efeitos de movimento, luz e sombra.

Neste processo, cada composição demora cerca de quatro meses para ficar pronta, “mas já levei um ano para fazer alguns quadros”, conta Cristina. “Depende do trabalho, mas [a colagem] toma muito tempo. Além da seleção de materiais (papeis), tem também o trabalho de fazer uma colagem harmoniosa. São desafios que motivam meu trabalho.”

O título da exposição, Resiliência, foi dado em referência à “capacidade de recuperação [que a natureza tem] de sua forma original após sofrer choque ou transformação”, segundo explica o catálogo da exposição. As ‘antenas’ são os elementos que captam as energias cósmicas, “são as próprias árvores, dentro e fora dos quadros”. As colagens de Cristina unem os elementos de resistência da natureza com o poder reflexivo da arte.

Cristina conta que procura, com suas obras, incentivar um olhar diferente do habitual das grandes cidades: “Eu gostaria que ao olhar as pessoas consigam enxergar a natureza como algo necessário na vida do ser humano. A mensagem [que quero passar] é [que o espectador consiga] trazer para dentro de si algo tão vital para o ser humano quanto a natureza. As pessoas veem árvores na calçada, mas se esquecem da importância de preservar a natureza.”

Matéria escrita e publicada quarta-feira (29) no Portal da RedeTV.

Sem proposta ecológica, exposição desperta sentimento de preservação

Começa nesta sexta-feira (17) em São Paulo a exposição ‘Gênesis das Cores’, do artista e diplomata Marcos Duprat. A exposição traz, em sua maioria, desenhos de cenas da natureza, “tratada de maneiramuito cromática”, como define o próprio Duprat.

O artista conta que as paisagens são o tema central de seu trabalho. “Todas as obras falam de uma natureza não contaminada. Há também uma ideia da importância de se preservar o meio ambiente, sem que isso seja uma proposta ecológica ou política, mas há essa ideia. Eu gostaria que meu trabalho despertasse no visitante esse sentimento”, explica Duprat.

A inspiração para os desenhos, ele conta, vem das cenas que observa em seu dia-a-dia de viagens pelo mundo. “Meu trabalho é basicamente de observação e transformação da realidade que observo em desenhos”, diz, contando que, como viaja muito, vai somando à seus trabalhos técnicas e cores de vários países.

O principal em suas composições é a descrição, os caminhos percorridos pela luz nas telas que desenha: “O interesse pela descrição da luz vai acompanhando todo o meu trabalho. O ar descreve a luz, que é composta pelas cores do arco-íris, então é inevitável usar cores”, em sua maioria, suaves, contribuindo para o tom poético de suas obras.

Serviço:
Marcos Duprat – ‘Gênesis das Cores’
Onde: Mônica Filgueiras Galeria de Arte. Rua Bela Cintra, 1.533. Informações: (11) 3082.5292
Quando: de 17 de Setembro a 16 de Outubro, 2ª a 6ª das 10h30 às 19h30 e sábado das 10h30 às 15h.
Quanto: grátis

Matéria escrita e publicada sexta-feira (17) no Portal da RedeTV.

Exposição revela espontaneidade da pintura popular

Descoberto pelo galerista e estudioso da cultura popular brasileira Roberto Rugiero, o artista primitivista Alex dos Santos ganha em São Paulo sua primeira exposição individual, sub curadoria do próprio Rugiero. Com um estilo simples, as obras do jovem pintor (de 30 anos) são repletas de fíguras humanas, sempre muto coloridas, que buscam contar uma história completa na tela.

Falando do estilo do artista, Rugiero destaca que a arte popular é espontânea: “A pintura popular muitas vezes não vem de nenhuma tradição, ela surge por si só.” No caso de Alex dos Santos, Rugiero acredita que ele já é um artista maduro, apesar de novo: “A pintura dele é uma coisa [que vem] da alma, não é pré-fabricada”, diz, comentando que muitos artistas só produzem obras primitivistas por oportunismo, observando os livros e copiando estilos.

Segundo Rugiero, Alex é um artista popular como há tempos nosso país não via: “Na minha opinião, a importância dele é que há cerca de 35 anos não aparecia no Brasil um pintor popular.” Para o especialista em cultura popular, este gênero artístico requer espontaneidade e estilo: “É difícil alguém que tenha não só um estilo, mas também um eixo narrativo [em seus quadros].”

Natural de Jaboticabal, interior de São Paulo, Alex dos Santos nasceu em uma família pobre e passou a vida longe das escolas de arte. Padrinho artístico de Alex, Rugiero conta que o jovem foi desenvolvendo seu estilo a partir de materiais como caixas de papelão ou paredes, em cima das quais ele desenvolvia seus grafites, técnica com a qual criou suas primeiras obras.

“Conheci o trabalho do Alex há seis anos, quando ele ainda trabalhava com grafiti, mas como não era minha especialidade nem me interessei muito. Há três anos comecei a ver trabalhos dele em pintura. Quando vi um trabalho já bem formado dele achei que era hora de trazê-lo para São Paulo”, afirma Rugiero, que acredita que, saindo das condições de trabalho em que vive, Alex tem “uma iluminação [artística]”.

Serviço:
Exposição Alex dos Santos
Onde: Galeria Pontes. Rua Minas Gerais, 80 – Higienópolis, São Paulo-SP. Informações: (11) 3129-4218
Quando: até 9 de outubro, segunda a sexta das 10 às 19h e sábado das 10 às 17h
Quanto: grátis

Matéria escrita e publicada terça-feira (14) no Portal da RedeTV.

Exposição ‘United in Art’

A exposição ‘United in Art’ reúne obras de vários países sub curadoria da também artista Leda Maria, da Ward-Nasse Gallery de Nova York, em parceria com o espaço Lobo Pop Art. Sem um tema único, o objetivo é apresentar ao público artistas de diferentes regiões do globo, como Estados Unidos, Rússia, Lituânia e Turquia, além de obras brasileiras.

Leda acredita que “a arte aproxima as pessoas e a cultura dos países”, por isso, tal exposição dispensa um tema único. “São obras com diferentes técnicas e materias para que o espectador possa conhecer a diversidade artística presente nas artes plásticas pelo mundo”, diz.

“Cada obra tem o seu estilo e o público tem mostrado interesse por essa variedade”, conta Leda, que vê a exposição como uma chance para conhecer novas formas de se fazer arte.

Além de enviarem seus quadros para exposição, muitos realizadores também estiveram em São Paulo para conferir o resultado dessa mistura internacional. “Como trabalho há 3 anos em Nova York, achei que seria legal trazer os artistas aqui no Brasil e apresentar-lhes não só a nossa produção, mas também nosso país”, afirma Leda.

O expectador que for conferir entrará em uma galeria com cerca de 80 obras, com cavaletes e quadros espalhados pelas paredes, no que Leda considera um convite a mergulhar na diversidade cultural, de formas e de materiais utilizados pelas obras em exposição.

Serviço:
Exposição United in Art
Onde: Edifício Villa Lobos Cultural – Av. das Nações Unidas, 4.777 – Estacionamento Shopping Villa-Lobos – São Paulo (SP)
Quando: até 4 de setembro
Quanto: grátis

Matéria escrita e publicada sexta-feira (27) no Portal da RedeTV.

As múltiplas faces de Frida Kahlo

Muito se fala do lado feminino e intímo da obra de Frida Kahlo, mas também é importante lembrar que a pintora mexicana, nascida há exatos 103 anos, teve uma forte influência da cultura indígena local.

Eduardo Cañizal, professor da Universidade de São Paulo e autor do livro ‘A visualidade sonora em um autorretrato de Frida Kahlo’, lembra que há dois pontos na obra da artistas: “há dois pontos de vista sobre ela: um é o da arte sofrida, muito ligada à feminilidade e à vida pessoal, e outro é a sua ligação com a cultura indígena mexicana.”

O professor destaca que essa segunda visão é sempre desprezada, mas Kahlo tem uma forte ligação com as correntes de pensamento indigenistas que estavam em alta no México durante a juventude de Frida, nos anos 1920 e 30.

“Em um de seus autorretratos”, lembra Cañizal, “a pintora escreve o nome de Coaticlue, a deusa asteca do amor e da poesia, em forma de flor. É uma flor que envolve Frida, que tem um rosto triste no retrato. Pode-se dizer que é apenas o retrato de uma mulher triste, mas você também pode pensar que ela esta querendo dizer que ela é uma deusa  do amor tal qual Coaticlue.”

Na opinião do professor, a obra de Frida é uma mistura de tudo isso e muito mais. “Muito se fala sobre a intimidade de Frida, mas ela também tem essa relação com a cultura indígena e teve uma participação importante na luta feminista e de liberação da mulher.”

Frida teve uma vida muito libertária e, mesmo em sua obra, contribuiu para quebrar tabus sobre a participação feminina na sociedade. “Sua pintura é muito singular, muito diferente da pintura feita por mulheres antes dela. As pintoras que existiam pintavam fantasia e Frida apresenta em suas obras um imaginário fantástico misturado com o mundo feminino e a arte indígena, essa fusão é um traço de estilo muito particular dela”, disse Cañizal.

Quando se enquadra Frida Kahlo em uma escola de pintura, ela é considerada surrealista. Mas Cañizal destaca a importância de ver sua obra como algo maior do que estilos fechados, uma vez que a pintora agrega várias referências e cria um conjunto com um colorido novo e único, que tem influenciado a maior parte dos novos artistas latino-americanos.

Matéria escrita e publicada ontem no Portal da RedeTV.

Relembre a vida de Frida Kahlo, que faria 103 anos hoje

Há 103 anos, no dia 6 de julho de 1907, nascia Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, que anos depois se tornaria simplesmente Frida Kahlo, um dos grandes nomes da pintura mexicana. A pintora nasceu e viveu durante toda sua vida na casa que foi de seus pais, a famosa “Casa Azul”, que hoje abriga o Museu Frida Kahlo, em Coyoacán, uma pequena cidade nos arredores da Cidade do México.

Em 1913, então com 6 anos, Frida foi vítima de poliomielite (paralisia infantil). Ela tentou durante toda sua vida, sempre de forma inovadora, esconder as lesões que a doença deixou em sua perna esquerda, primeiro com calças e depois com as longas e exóticas saias que se tornaram uma de suas características típicas.

Marcada por seus problemas de saúde, Frida frequentou a Escuela Nacional Preparatoria, em 1922, pensando em cursar medicina na universidade. Ela era uma das 35 mulheres em uma turma com 2 mil alunos. Foi nesta escola que Frida teve seu primeiro contato com o muralista Diego Rivera, seu futuro marido, quando ele expôs o painel ‘A Criação’ no local.

Manca e apelidada de perna de pau quando criança, Frida teve uma infância difícil, encerrada com um trágico acidente que, ironicamente, traria a arte para sua vida. Em setembro de 1925, aos 18 anos, o bonde em que estava colidiu com um caminhão: o parachoque de um dos veículos perfurou suas costas, atravessou sua pélvis e saiu por sua vagina.

A pintora passou vários meses de cama e foi aí que começou a pintar, com um cavalete adaptado. Frida teve que usar vários coletes ortopédicos de diferentes materiais, chegando inclusive a pintar alguns deles (por exemplo o colete de gesso na tela ‘A Coluna Partida’). A dor causada pelos problemas de saúde foi uma marca sempre presente em suas obras, muitas das quais retratam situações do emocional de Frida.

A Revolução Mexicana, encerrada em 1920, mas que deixou um governo autoritário no poder até 1934, também teve grande influência sobre o trabalho de Frida nesta fase inicial, apresentando-lhe a arte nativa indígena, antes menosprezada. O estilo propositalmente infantil presente em muitas obras da artista vem dessa busca por uma retomada do que seria uma autêntica arte mexicana.

Em 1927, recuperada do acidente, a pintora visitou Rivera na Secretaria de Educação Pública, onde ele estava pintando um mural, para pedir-lhe que avaliasse sua obra. O muralista percebeu o talento da moça e  a incentivou a seguir o caminho artístico.

Depois disso, os dois se aproximaram e acabaram se casando em 21 de agosto de 1929. Frida e Diego protagonizaram um dos mais conturbados casamentos do mundo artístico, marcado por casos extraconjugais, traições, bissexualismos (por parte da pintora), um divórcio e a retomada do casamento, além de diversas brigas.

Kahlo e Rivera iam juntos às reuniões do partido comunista mexicano, nos anos 30, e viajaram juntos pelos Estados Unidos enquanto ele pintava murais. Quando voltaram ao México em 1934, após a queda da ditadura vigente até então, pediram ao então presidente Lazaro Cárdenas que desse asilo ao líder soviético Leon Trotsky – que morou com o casal entre 1937 a 1939 e (especula-se) teria tido um caso com a pintora.

O ano de 1935 foi conturbado para o casal, Kahlo descobriu o caso de Rivera com sua irmã e os dois se separaram. O fato foi retratado em várias telas da pintora, nas quais ela se mostra triste e pensativa. No mesmo ano, porém, eles reataram o casamento, separando-se novamente em 1939 e retomando a relação mais uma vez em 1940. A vida pessoal do casal esteve sempre retratada nos quadros de Frida.

A amizade com Trotsky rendeu bons frutos à artista. Ele a apresentou ao surrealista francês Andre Breton, que, encantado com seu estilo, facilitou sua exposição em Nova York, a primeira fora do México. A exibição foi um sucesso e mais da metade das obras foram vendidas, o que deu a Frida liberdade financeira para não depender do marido. Em 1939, ela foi convidada para ir a Paris e, com a ajuda de Marcel Duchamp, montou sua segunda exposição.

Em 1942, além de ser eleito membro do Seminário de Cultura Mexicana, instituição criada para promover a cultura do país, Frida foi contratada pela Escola de Pintura e Escultura, onde passou a lecionar. Sua saúde, porém, começou a declinar, ainda refletindo o acidente de bonde. As dores nas costas e no corpo a obrigam a ficar em casa e a usar um colete de aço.

Nos anos 50, mesmo passando por uma série de operações, sua saúde a obrigou a ficar em uma cadeira de rodas e, por fim, limitada à sua cama. Entre seus últimos trabalhos estão ‘Autorretrato com Retrato do Dr. Farill’ (o médico que a operou) e ‘Autorretrato com Stalin’.

Em 13 de julho de 1954, depois de contrair pneumonia, Frida Kahlo faleceu na casa onde nasceu. Atendendo a um pedido seu, o corpo foi cremado e as cinzas ainda se encontram na “Casa Azul”. O museu que o local abriga hoje foi inaugurado em 1958, de acordo com os desejos de Diego Rivera, que morrera em 1957.

Além de influenciar vários livros, a história de Frida foi adaptada para o cinema em 2002, pela diretora Julie Taylor, com Salma Hayek no papel principal e Alfred Molina como Diego Rivera. O filme mostra um colorido que faz juz à obra da pintora, e conta os escândalos da vida pessoal do casal com uma bela fotografia e ótimas atuações.

Matéria escrita e publicada no Portal da RedeTV.