Arquivo | novembro 2010

Cinema em SP exibe balé ‘O Quebra-Nozes’ ao vivo direto da Rússia

São Paulo entrou na rota dos grandes musicais e, nos cinemas, o glamour não fica para trás. Depois de exibir a transmissão ao vivo das óperas da temporada 2010/2011 do The Met Opera, de Nova York, o público paulista agora poderá assistir o balé ‘O Quebra-Nozes’ ao vivo direto do teatro de Bolshoi (Moscou), pertencente a uma das melhores companhias de balé e ópera do mundo.

O Grupo Severiano Ribeiro fechou um acordo para transmitir algumas apresentações de ballet diretamente do teatro em Moscou, na Rússia. A primeira exibição programada é do clássico ‘O Quebra-Nozes’, que será exibido em alta definição de som e imagem no dia 19 de dezembro, às 14h, no Kinoplex Itaim e no Kinoplex Vila Olímpia. Os ingresso custam R$ 50 (estudantes e idosos pagam meia) e já estão à venda.

A sessão terá duas horas e quinze minutos, dividida em dois atos, mas sem intervalo. ‘O Quebra-Nozes’ foi um dos três balé compostos por Tchaikovsky em 1892 e narra a história da menina Marie e do mundo encantado a que ela é apresentada às vésperas do Natal, graças a um presente especial que ganha de seu padrinho.

Serviço:
Onde:
Kinoplex Itaim (Rua Joaquim Floriano, 466 – Loja 29) e no Kinoplex Vila Olímpia (Rua Olimpíadas, 360 – Lojas 603/604). São Paulo-SP
Quando: 19 de dezembro
Quanto: R$ 50 (estudantes e idosos pagam meia)

Nota escrita e publicada hoje no Portal da RedeTV.

Fugindo do cinema, David Lynch divulga dois singles

David Lynch fez sua estreia no mundo da música. Ele divulgou nesta segunda-feira (29) dois singles de sua autoria: ‘Good day today’ e ‘I know’ – que serão lançadas por uma gravadora independente do Reino Unido.

Diretor de filmes como ‘Cidade dos sonhos’ e ‘Veludo Azul’, Lynch já dirigiu séries e agora se lança no universo musical. Ele declarou ao jornal britânico The Guardian que “a música se transformou em uma poderosa fonte de inspiração em sua vida.”

Ao contrário de seus filmes, considerados de difícil compreensão, Lynch afirmou que a canção ‘Good day today’ é “comercial e acessível”.

Os hits estão disponíveis no YouTube e os fãs do cineasta não precisam ter medo: Lynch garantiu que não vai largar o cinema: “A música compõe uma parte importante do cinema. É que ultimamente estive mais envolvido com a música”.

‘I Know’

‘Good day today’

Nota escrita  publicada hoje no Portal da RedeTV.

Astro pornô internacional fala de seus novos filmes

François Sagat veio ao Festival MixBrasil de Diversidade Sexual e conversou com o RedeTVi.

Tentei colocar o vídeo que foi publicado dia 23 no portal da RedeTV embutido aqui, mas deu erro. Assim, guardo o link AQUI. A narração é da Daniela Teixeira. Câmera: Thaís Mayumi. Eu fiz produção, pauta e a entrevista com o Sagat, que veio ao MixBrasil divulgar os filmes “L.A. Zombie” e “Homem no Banho”, novo longa de Christophe Honoré (“Canções de Amor“, “Em Paris”).

Festival de Brasília aposta em novos diretores

Em sua 43ª edição, que começa nesta terça-feira (23), o Festival de Brasília se destaca por suas apostas em diretores jovens. Os seis filmes da competição de longas são de nomes pouco conhecidos. O de maior destaque é o de Felipe Bragança, roteirista de ‘O Céu de Suely’ e que apresenta no Festival deste ano seu segundo longa ‘A Alegria’, feito em parceria com Marina Meliande.

Os outros filmes selecionados para a competição, que tem revelado novas tendências para o cinema nacional, são ‘Amor’ (foto), de João Jardim, ‘Os Residentes’, de Tiago Mata Machado, ‘O Céu Sobre os Ombros’, de Sérgio Borges, ‘Transeunte’, de Eryk Rocha, e ‘Vigias’, de Marcelo Lordello.

A abertura do Festival se dará com a exibição de ‘Lílian M: Relatório Confidencial’ (1975), de Carlos Reichenbach. A sessão será antecedida por cum oncerto da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, local onde acontece a cerimônia. O encerramento, no dia 30, fica por conta do longa ‘Os Deuses e os Mortos’ (1970), de Ruy Guerra.

O júri (dos filmes em 35 mm) este ano é formado pela romancista Ana Miranda, pelo pesquisador de Comunicação e Cinema André Brasil, pela roteirista e diretora Anna Muylaert, pelo produtor, escritor e diretor Antonio Carlos da Fontoura, pela atriz Bidô Galvão, pelo diretor Erik de Castro e pelo crítico de cinema, diretor e roteirista Kleber Mendonça.

Confira a programação completa do Festival:

Terça 23
20h30, Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro
Abertura para convidados com exibição de ‘Lilian M: Relatório Confidencial’ e apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, sob a regência da maestrina Elena Herrera.

Quarta 24
20h3023h30, Cine Brasília
Mostra Competitiva 35mm
Cachoeira, de Sergio José de Andrade, 13min47, AM
Fábula das Três Avós, de Daniel Turini, 17min, SP
A Alegria, de Felipe Bragança e Marina Meliande, 1h46, RJ

Quinta 25
20h3023h30, Cine Brasília
Mostra Competitiva 35mm
Angeli 24 horas, de Beth Formaggini, 25min09, RJ
Contagem, de Gabriel Martins e Maurilio Martins, 18min02, MG
Transeunte, de Eryk Rocha, 1h40, RJ

Sexta 26
20h3023h30, Cine Brasília
Mostra Competitiva 35mm
Acercadacana, de Felipe Peres Calheiros, 19min58, PE
Braxília, de Danyella Proença, 17min, DF
Os Residentes, de Tiago Mata Machado, 2h, MG

Sábado 27
20h3023h30, Cine Brasília
Mostra Competitiva 35mm
Matinta, de Fernando Segtowick, 20min, PA
Falta de Ar, de Érico Monnerat, 21min, DF
O Céu sobre os Ombros, de Sérgio Borges, 1h12, MG

Domingo 28
20h3023h30, Cine Brasília
Mostra Competitiva 35mm
A Mula Teimosa e o Controle Remoto, de Hélio Villela Nunes, 15min, SP
Café Aurora, de Pablo Polo, 19min, PE
Amor?, de João Jardim, 1h40, RJ

Segunda 29
20h3023h30, Cine Brasília
Mostra Competitiva 35mm
O Céu no Andar de Baixo, Leonardo Cata Preta, 14min59, MG
Custo Zero, de Leonardo Pirovano, 12min, RJ
Vigias, de Marcelo Lordello, 1h10, PE

Terça 30
20h30, Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro
Premiação, entrega dos troféus e exibição de ‘Os Deuses e os Mortos’, para convidados.

Endereços:

Cine Brasília
EQS 106/107. Tel.: (61) 3244 1660

CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil
SCES Trecho 2 Lote 22. Tel.: (61) 3310 7081

Teatro Nacional Claudio Santoro
Setor Cultural Norte, Via N2. Tel.: (61) 3325 6239 e 3325 6240

Cinemark do Pier 21
Pier 21, SCE/s, Trecho 2, Conjunto 32 e 33. Tel.: (61) 3223 7506

Kubitschek Plaza Hotel
SHN Quadra 2 Bloco A. Tel.: (61) 3319 3060

Museu Vivo da Memória Candanga
Endereço: Via EPIA Sul, SPMS, Lote D – Núcleo Bandeirante – DF. Tel.: (61) 3301 3590

Texto escrito e publicado hoje no Portal da RedeTV.

Maureen Miranda faz sua primeira exposição solo em SP

A artista plástica, atriz e diretora Maureen Miranda, de 34 anos, inaugura nesta quinta-feira (18) sua primeira exposição solo em São Paulo. Além de desenhar, Maureen também já participou de minisséries televisivas, como ‘Som e Fúria’, e dirigiu peças de teatro. Natural de Curitiba, agora a moça expõe suas “rainhas” na capital paulista na exposição intitulada ‘Queen of Myself’ [que segue até dia 29 no Tu mercado de arte e moda].
No total, a artista realizou 42 desenhos especialmente para o evento. A temática das obras é o universo feminino e as técnicas utilizadas – como bico de pena, canetinha, aquarela e também algumas colagens com renda – ajudam a dar um tom suave à exposição.

Maureen revelou ao RedeTVi que sua inspiração vem do cotidiano, “das coisas que vejo na rua, dos sentimentos e também de acordo com o que eu estou vivendo.” A música também tem um influência forte para ela: “Às vezes coloco uma música e a inspiração vem da própria música.”

Atriz há 11 anos, ela se profissionalizou como artista há 5, mas ela conta que desenha desde criança. “A inspiração vem de casa, minha mãe também é artista plástica e meu pai pinta e mexe com sucata, na escola eu já fazia quadros!”

Maureen diz que só agora teve dinheiro para montar uma exposição solo em São Paulo: “É importante expor em São Paulo, porque é onde as coisas acontecem, é onde as coisas são vistas pelas pessoas que se preocupam com isso, é o polo de arte. Quero mostrar minha cara como artista plástica em São Paulo.”

Além de seus trabalhos autorais, a desenhista também desenvolve trabalhos sob encomenda para revistas e obras publicitárias. Mas com essa exposição espera que o público se emocione: “Meus desenhos são muito oníricos, melancólicos, espero que seja uma exposição emocionante.”

Matéria escrita e publicada dia 18 no Portal da RedeTV.

Ricardo Darín diz que não se julga merecedor de homenagens

Um dos grandes nomes do cinema argentino atual, o ator Ricardo Darín, protagonista de filmes como ‘O Segredo dos Seus Olhos’ e ‘O Filho da Noiva’, veio ao Brasil prestigiar a homenagem que recebe da 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos da América do Sul, que começa nesta sexta-feira (19) em São Paulo. O ator conversou com os jornalistas e disse que não se julga merecedor de homenagens: “Aceitei esta devido à importância do festival, de se discutir o tema dos direitos humanos, mas não me julgo muito merecedor de homenagens.”

Realizado em 20 capitais, a Mostra segue até dia 19 de dezembro, passando cerca de uma semana em cada cidade. O mais recente filme protagonizado por Darín, ‘Abutres’, é um dos destaques da Mostra. Dirigido por Pablo Trapero (‘Leonera’), o filme é a aposta da Argentina em uma possível disputa por mais um Oscar. Darín contou que trabalhar com Trapero foi uma experiência nova: “é bom conhecer novos pontos de vista na direção, ele é alguém que se envolve com o que faz, não fica só no escritório.”

Darín revelou que este novo filme conta a história de amor entre duas pessoas que se envolvem em um ambiente hostil: “Foi isso o que me atraiu no roteiro”. Ele disse também que gosta de filmar histórias envolventes: “Tenho bastante critério para escolher meus personagens, gosto de histórias que me envolvem. [Protagonizar] Boas histórias foi abrindo caminho para mim [aos olhos do público e da crítica internacionais]. Me comove que meus filmes tenham tido boa aceitação.”

Sempre simpático, Darín abriu um sorriso ao falar do cinema brasileiro. Ele comentou que está envolvido em um projeto com o diretor Walter Salles – os dois vão filmar ‘Terra’, um road movie que terá Ricardo Darín e Gael Garcia Bernal no elenco. Darín também se disse fã de ‘Cidade de Deus’ e de ‘Pixote – A Lei do mais fraco’.

Ele também discordou de sua fama de galã: “Com esse nariz e esses dentes, você não faria essa pergunta se eu não tivesse esses olhos”, disse à jornalista que o comparou com o astro Humphrey Bogart por sua “beleza rude”.

Matéria escrita e publicada ontem no Portal da RedeTV (a foto eu tirei na pré-estreia do filme, à noite).

5ª Balada Literária começa nesta quinta

A Balada Literária realiza neste ano sua quinta edição, que começa nesta quinta-feira (18), com uma homenagem à escritora Lygia Fagundes Telles, que teve toda sua obra relançada por sua editora. Descontraído, o evento traz mesas literárias, mesas de bar, apresentações musicais e, até o dia 21, oferece ao espectador a chance de trocar ideias com artistas nacionais e internacionais.

“Desde o ano passado anunciamos esta celebração à grande Lygia. Ela aceitou com alegria o brinde que, agora, vamos levantar para ela”, anunciou Marcelino Freire, organizador do evento, no texto de apresentação do evento no site oficial. Ele destacou também que esta edição também lembrará do editor Massao Ohno, do poeta Roberto Piva e do escritor e ator Alberto Guzik, mortos este ano.

O evento acontece na região da Vila Madalena, em São Paulo, e entre os convidados deste ano estão nomes como Alberto Manguel, Antonio Nóbrega, Alice Ruiz, Augusto de Campos, Beth Goulart (na foto como Clarisse), Botika, Cid Campos, Emicida, Eunice Arruda, Jorge Furtado, José Castello, Luiz Antonio de Assis Brasil (que também coordenará uma oficina de criação), Marcelo Rubens Paiva, Siba e Vitor Ramil.

Um outro destaque do evento é a peça ‘Los Críticos También Lloran’, baseada na obra do chileno Roberto Bolaño, que será montada por um grupo que reúne autores/atores espanhóis e venezuelanos. A presença do escritor alemão Ulrich Peltzer, que inaugura a parceria da Balada Literária com o Goethe-Institut.

Desde 2006, o evento já reuniu autores como Adélia Prado, Angeli, Chico César, Cristovão Tezza, David Toscana, Efraim Medina Reyes, Francisco Alvim, João Gilberto Noll, João Ubaldo Ribeiro, José Luandino Vieira, José Luís Peixoto, Luis Fernando Verissimo, Laerte, Márcio Souza, Mario Bellatin, Mário Prata, Paulo Lins e Tony Belotto, entre outros.

Confira a programação completa AQUI.

Serviço:
5ª Balada Literária
Onde: Biblioteca Alceu Amoroso Lima (Rua Henrique Schaumann, 777), Espaço Plínio Marcos (Praça Benedito Calixto, sábado durante a feira), Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915), Centro Cultural b_arco (Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 426), Goethe-Institut (Rua Lisboa, 974), Mercearia São Pedro (Rua Rodésia, 34), Sesc Pinheiros (Rua Paes Leme, 195), Teatro Brincante (Rua Purpurina, 428) e no Teatro da Vila (Rua Jericó, 256).
Quando: 18 a 21/11
Quanto: grátis

Roberta Sá faz homenagem à Bahia em show em São Paulo

Roberta Sá cantou nesta quinta-feira (11) em São Paulo, apresentando seu novo disco ‘Quando o canto é reza’, que traz músicas do compositor baiano Roque Ferreira. O show foi curto, com pouco mais de uma hora, e a jovem cantou acompanhada pelo Trio Madeira Brasil, formado por Marcello Gonçalves, Zé Paulo Becker e Ronaldo do Bandolim, e pelos percussionistas Zero e Paulino Dias.

Uma das promessas da MPB, Roberta já fez parcerias com Chico Buarque e Ney Matogrosso. Neste novo disco, seu quinto de estúdio, todas as faixas tem motivos ligados à Bahia, falam de orixás, sambas, morenas e amores, em uma mistura de samba com MPB.

O grande sucesso do disco é ‘Água da Minha Sede’, que já foi gravada por Zeca Pagodinho, e que fez grande sucesso no show desta quinta. A música ‘Orixá de Frente’ também fez grande sucesso com o verso: “Bem que Iaiá queria / Ao menos por um dia / Ser preta também”.

Ao final da canção, que fala da beleza de uma negra sambando e dançando, a cantora, magrinha e bem branca, confessou que se identifica muito com a letra: “de certa forma é um lamento pela minha falta de melanina. Eu moro no Rio e nem asism consigo ser mais morena”, disse, brincando que deveria se mudar para São Paulo para ao menos justificar sua cor. O público paulista aplaudiu com gosto.

Com um belo vestido branco, repleto de adornos dourados, e acompanhada por outros cinco músicos também de branco, Roberta não cantou nenhum sucesso de seus disco anteriores, apesar dos pedidos do público. Ela encerrou o show com Zambiapungo e voltou para um rápido bis de duas canções. Os fãs da plateia não resistiram e se levantaram para sambar com a moça na frente, mesmo lamentando a ausência de títulos como ‘Interessa’ e ‘Eu sambo mesmo’.

texto escrito e publicado dia 12 no Portal da RedeTV.

Belle & Sebastian usa carisma para encantar fãs em São Paulo

Sempre carismático, o vocalista principal do Belle & Sebastian, Stuart Murdoch, empolgou o público no show que o grupo escocês realizou nesta quarta-feira (10) em São Paulo. Não que fosse necessário: a plateia estava cheia de fãs, que dançaram com um misto de clássicos e músicas do disco ‘Write About Love’, lançado em outubro deste ano.

Cerca de 5 mil pessoas, em sua maioria jovens e indies, prestigiaram a apresentação da capital paulista. Não foi o suficiente para lotar a casa, mas foi o número ideal para garantir volume aos olhos de quem estava no palco e também a possibilidade de encontrar um lugar com uma boa vista e a salvo do empurra-empurra comum em pistas de shows. Todos saíram felizes – e os presentes pareceram nem se importar com o som, que estava um pouco baixo e foi desfavorável aos instrumentos musicais utilizados.

Com sete integrantes e cinco músicos, o Belle & Sebastian abriu o show pontualmente, às 22h, com ‘I Didn’t See It Coming’, do disco ‘Write About Love’, cantada pela vocalista e violinista Sarah Martin. Depois vieram ‘I’m a Cuckoo’ e ‘Step Into My Office’, antes que Stuart Murdoch cumprimentasse a plateia com seu português aparentemente decorado: “Boa noite, São Paulo. Finalmente chegamos de volta ao Brasil”, emendando ‘Another Sunny Day’ na sequência.

Com o público já animado, não foi dificil para o também vocalista e guitarrista Stevie Jackson, mais tímido que Murdoch, ensaiar um assobio coletivo enquanto cantava ‘I’m Not Living in the Real World’. Em meio a um belo jogo de luzes, os fãs se emocionaram ao som de ‘Fox In The Snow’ e alguns acenderam esqueiros, lembrando baladas românticas cantadas em shows ao ar livre. Os hits ‘If You’re Feeling Sinister’ e ‘The Boy With The Arab Strap’ também agradaram, recebendo um grande número de palmas.

Stuart Murdoch arremessou pequenas bolas de futebol americano autografadas para os espectadores. Mostrando que, apesar de magro, tem um braço forte, a maioria dos “presentes” foi parar no fundo da pista comum (ao menos um regalo para quem ficou mais longe). No camarote, no entanto, não conseguiu acertar – para alegria de quem estava embaixo.

Nas últimas músicas do show, o vocalista chamou alguns fãs da pista vip para dançarem no palco. Uma moça desistiu da dança e saiu do palco; tímida, perdeu a oportunidade de abraçar seu ídolo e receber uma medalha. Os cinco restantes dançaram empolgados até que alguém os tirou de lá – não antes de “roubar” um abraço do simpático Murdoch – que após ser abraçado pela quarta fã que recebia a medalha e também pelo único homem chamado ao palco, extendeu a “gentileza” também às outras três moças mais contidas.

As medalhas foram entregues ainda enquanto o escocês cantava ‘Sleep the Clock Around’, que fechou a primeira entrada do grupo no palco com uma vasta salva de aplusos: um misto de admiração pelo show e agradecimento pelos fãs que subiram ao palco, um extase que talvez explique o que veio com o BIS: Stuart Murdoch, magrinho e com uma camiseta branca básica, andando pela plateia, da pista vip à normal, pulando a grade que as separava e sendo segurado no alto pelos fãs enquanto cantava ‘Jonathan David’ (com um segurança preocupado em volta).

Em seguida o Belle & Sebastian tocou três hits do cultuado álbum ‘If You’re Feeling Sinister’: ‘Get Me Away From Here, I’m Dying’, ‘Judy and the Dream of Horses’, fechou o show com ‘Me and the Major’. Quem prestigiou saiu satisfeito com o repertório e a simpátia dos integrantes da banda, lamentando apenas a ausência de músicas do disco ‘Tigermilk’, o primeiro e um dos mais elogiados.

Amanhã (12), os escoceses tocam no Rio de Janeiro. Os fãs cariocas podem esperar um repertório diferente, mas com as primeiras e últimas músicas possivelmente mantidas: o grupo costuma mudar bastante seu repertório. Os ingressos já estão esgotados.

Confira o setlist do show:
I Didn’t See It Coming
I’m a Cuckoo
Step Into My Office
Another Sunny Day
I’m Not Living in the Real World
Piazza, New York Catcher
I Want The World To Stop
Lord Anthony
Sukie In The Graveyard
Fox In The Snow
Travellin Light
If You’re Feeling Sinister
Write About Love
There’s Too Much Love
The Boy With The Arab Strap
Caught In Love
Simple Things
Sleep the Clock Around

Bis
Get Me Away From Here, I’m Dying
Judy and the Dream of Horses
Me and the Major

Texto escrito e publicado ontem no Portal da RedeTV.

Chico Buarque recebe mais um prêmio por ‘Leite Derramado’

Uma semana após receber o Prêmio Jabuti de livro do ano, o livro ‘Leite Derramado’, escrito por Chico Buarque, recebeu nesta segunda-feira (08) o Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa. A esposa de José Saramago, homenageado pelo evento, Pilar Del Rio, entregou o troféu ao cantor e compositor, que também ganhou R$ 100 mil de premiação.

O segundo e o terceiro colocados também receberam prêmios em dinheiro. Rodrigo Lacerda levou R$ 35 mil por seu ‘Outra vida’ e Armando Freitas Filho, que ficou com a terceira colocação, ganhou R$ 15 mil por ‘Lar’.

Saramago, falecido no último mês de junho, também estava entre os finalistas ao Portugal Telecom, com ‘Caim’, mas seu nome foi retirado da competição. A Fundação Saramago e a editora responsável pela publicação de ‘Caim’ no Brasil anunciaram que, após receber o Prêmio Nobel, Saramago desejou não participar de outras premiações.

“Quando José Saramago recebeu o Prêmio Nobel anunciou que não voltaria a aceitar nenhuma outra distinção literária porque são muitos os escritores que merecem prêmios e poucos os prêmios para distingui-los”, divulgou a Fundação em nota oficial. Durante a cerimônia, Pilar Del Rio também recebeu uma homenagem a seu marido.

A lista de finalistas ao prêmio foi divulgada em setembro, com dez títulos, e, além dos quatro já citados, incluia também os braisleiros ‘A passagem tensa dos corpos’ (Carlos de Brito Mello), ‘

Monodrama’ (Carlito Azevedo), ‘O filho da mãe’ (Bernardo Carvalho), ‘Olhos secos’ (Bernardo Ajzemberg) e ‘Pornopopéia’ (Reinaldo Moraes), além de ‘Avó Dezanove e o segredo do soviético’, do angolano Ondjaki.

O júri desta edição era formado por Alcides Villaça, Antonio Carlos Sechin, Benjamin Abdala Jr., Cristovao Tezza, José Castello, Leyla Perrone-Moisés, Lourival Holanda, Manuel da Costa Pinto, Regina Zilberman e Selma Caetano.

Nota escrita e publicada hoje no Portal da RedeTV.